quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Primeiro transplante de cabeça já tem data para acontecer

No primeiro semestre de 2015, o médico italiano Sergio Canavero, diretor do Gruppo Avanzato di Neuromodulazione, em Turim, anunciou um ambicioso projeto: realizar até 2017 o primeiro transplante de cabeça em humanos. A proposta é encontrar um paciente que esteja com o corpo comprometido (por câncer ou alguma doença incurável), mas com a cabeça e o cérebro intactos, e substituir o corpo inteiro pelo corpo saudável de um doador que teve morte cerebral - como são os casos de doadores de órgãos. Agora, a cirurgia já tem data e paciente.
O escolhido foi Valery Spiridonov, um russo de 30 anos que sofre com uma doença terminal chamada Síndrome de Werdnig-Hoffman, que causa atrofia muscular e deteriora neurônios. Spiridonov será operado em dezembro de 2017. A cirurgia vai durar 36 horas e envolver mais de 150 profissionais. Para o procedimento funcionar, a cabeça do paciente e o corpo do doador serão refrigerados. Assim, há menos risco de deterioração dos tecidos. Aí, o próximo passo é reconectar as veias das duas partes.
A parte mais difícil é a junção da medula espinhal, para estabelecer as conexões nervosas. Canavero explica que as extremidades da medula espinhal são como feixes de espaguete, que, segundo ele, podem ser "colados" com polietileno glicol, um éter. Assim como a água quente faz o macarrão ficar grudento, o polietileno glicol estimularia as membranas celulares a se unirem. Para ele, a rejeição do novo corpo pode ser evitada com drogas imunodepressoras. O neurocirurgião Harry Goldsmith, professor da Universidade da Califórnia e especialista em recuperação de medula espinhal, não acredita que seria possível. "São tantas as implicações e os problemas, que isso nem sequer é imaginável", diz Goldsmith, um dos únicos que já conseguiram recuperar uma medula rompida - a de uma jovem de 24 anos que havia ficado paraplégica.
"Quando percebi que poderia participar de algo realmente grande e importante, não tive dúvidas e comecei a me esforçar para que isso acontecesse", disse Spiridonov em entrevista ao Central European News.
g1:Super Interessante
Comentário:
Parece frankisten mas,não é.A medicina
quase sempre magnífica aos meus
olhos,principalmente a neurologia.
Me imagino á
uns 10 anos atrás e se
alguém chegasse e falasse por exemplo
que um transplante
de cabeça pode
acontecer ou que um coração morto
pode voltar a bater,eu acharia
a pessoa
maluca porque,realmente é fantástico.
E penso o que será possível de
acontecer daqui a mais 10 anos.Estou
ansiosa para em 2017 saber o resultado
desse transplante que espero ser
positivo
