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sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Herói no resgate de vítimas das chuvas em 

1981  perde família em deslizamento no 


mesmo lugar .


Jamil carrega corpo de menina no bairro Independência, em Petrópolis, em 1981. Na época, a chuva causou a morte de 67 pessoas e deixou 300 feridas em todo estado. Em 2013, no mesmo lugar, Jamil perdeu a filha e os dois netos





















Em 1981, Jamil Luminato comoveu o país ao carregar o corpinho de uma menina morta durante um temporal em 
Petrópolis. Passados 32 anos, o herói vive o drama de perder parte da família no mesmo bairro Alto 
Independência.
 — Essa tragédia se repete sempre. Todo ano, sempre igual. Daquela vez, ajudei a salvar os vizinhos. Ajudei aquela vez e em outras que a chuva fez estragos. Infelizmente desta vez, foi com minha filha e meus netos. Espero que façam algo para que não volte a acontecer — desabafou.



Aos 53 anos, Jamil costuma, toda vez que chove, sair às ruas para ajudar no resgate de vizinhos. Quando chegou à casa da filha, já era tarde. No lugar onde ficava a casa, havia apenas um buraco e lama. Drucilane chegou a ser retirada com vida dos escombros, junto com seu marido, Rodrigo Valle, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Santa Tereza.
Jamil Luminato enterra a filha, Drucilane Alves, e os netos Rodrigo e João Victor, no Cemitério Municipal de Petrópolis




Jamil Luminato enterra a filha, Drucilane Alves, e os netos Rodrigo e João Victor, no Cemitério Municipal de Petrópolis



— Ela foi retirada da lama e foi para o hospital, onde operou o fêmur, que havia quebrado. Ela ficou no CTI esse tempo e não contamos a ela sobre os meninos — disse a mãe da jovem, Aparecida de Souza Alves, de 45 anos.A filha e o genro de Jamil planejavam deixar o imóvel onde moravam. Eles temiam que, como aconteceu, a casa fosse destruída quando acontecesse um temporal mais forte.

— Eles estavam construindo uma casa numa local próximo, mas fora de área de risco. Infelizmente não deu tempo. Nossa família não foi a primeira, e nem será a última a sofrer essas perdas. Ninguém faz nada e a tragédia vai se repetir — disse Edmílson da Silva, tio de Drucilaine.

A imagem de Jamil em 81, estampada na capa do “Jornal do Brasil” rendeu um prêmio Esso de Jornalismo, na categoria regional, ao fotógrafo Carlos Mesquita, morto no ano passado.

— Meu netinho mais velho tinha começado na escolinha. O pequeno queria ir também, minha filha ia ver uma creche para ele. Pensar no que aconteceu é muito difícil. Meu genro está no hospital ainda, mal. Ele precisa de doação de sangue — afirmou Jamil.

fonte:G1
Comentário:
A vida é cheia de surpresas..Fiquei muito comovida ao ler essa reportagem.Seu ato de cidadania foi impressionante ele salvou muitas vidas mas,não salvou a de quem amava tentou mais não chegou a tempo o  mundo da voltas em um momento ele foi herói e no outro uma vitima.Jamil tem minha admiração e de muitos outros também.