domingo, 14 de junho de 2015
Alemã de 102 anos consegue, enfim, seu doutorado negado pelos nazistas
Depois de 78 anos, a centenária alemã Ingeborg Rapoport consegue o seu doutorado que foi negado pelos nazistas por ser judia. Aos 24 anos, entre as décadas de 30 e 40, ela havia entregado uma tese sobre difteria e só lhe restava fazer a defesa. No entanto, as leis raciais da Alemanha nazista impediram a emissão do título.
Hoje com 102 anos, no dia 9 de junho ela receberá uma homenagem e, enfim, o seu doutorado. E não foi da maneira mais fácil. Quase cega, Ingeborg não podia pesquisar os avanços científicos dos últimos anos, mas contou com a ajuda de colegas para se atualizar. O decano da Faculdade de Medicina da Universidade de Hamburgo a submeteu a um exame e ela passou na prova com êxito.
Essa não é a primeira vitória de Ingeborg, pois antes de se tornar a pessoa mais velha a obter um doutorado, em 1969 a centenária ocupou a primeira cátedra de neonatologia de toda a Europa no Hospital Charité, em Berlim, na antiga República Democrática Alemã (RDA). Em 1938, fugiu do país que Adolf Hitler governava rumo aos Estados Unidos. “Senti-me expulsa de minha própria casa. Aqui ficou toda a minha família e eu tinha apenas 38 marcos no bolso”, recorda. Do outro lado do Atlântico conheceu o marido, teve quatro filhos e obteve outro doutorado. Mas também teve que fugir de lá. As simpatias do casal ao comunismo não eram bem vistas na época dacaça às bruxas do senador Joseph McCarthy (1947-1957). A família se mudou primeiro para a Áustria e, em 1952, para a RDA. “Apesar de tudo o que passei, não me queixo. As coisas saíram bem”, conclui.
fontes:Revista Galileu,Elpais
Comentário:
Gosto muito de ler essas histórias sobre '' dar a volta por cima'' pesquisei várias mas,a que me chamou atenção dessa vez foi dessa judia que mesmo com gigantes problemas ela conquistou seu sonhos.
Interessante a questão da escola na vida dela,ela sim pode ser um exemplo de mulher,legal mesmo foi ela ter terminado seu tão esperado douturado.Uma conquista que com certeza depois de tanto tempo,o prazer de conclusão não diminuiu.
Penso que essa história deveria ser mais divulgada para ser exemplos de muitos jovens que tem dificuldades não como Ritler mas,como meios de transporte,falta de escolas,dinheiro,falta de meios para concluir seus estudos e outros objetivos.
